domingo, 12 de março de 2017

Carta ao Secretário Geral da ONU - concurso dos correios

Dourados, 12 de março de 2017 
Excelentíssimo senhor António Guterres, 
    Nós, os que estamos na ONU, nos sentimos de pés e mãos atados mediante tantos problemas que vemos no mundo inteiro. Vemos guerras absurdas que não têm um objetivo claro, mas que trazem grande sofrimento para as populações desses países. Junto com a guerra vem a fome, a morte e o desterro.  
     Nesses últimos anos tenho sofrido muito vendo a guerra que está acontecendo na Síria. Uma guerra, que no início, parecia legitimada pelo direito a democracia, mas, com o tempo, tornou-se numa vergonha. No estágio atual, parece que ninguém mais sabe por que estão lutando. E os oportunistas entraram para aumentar o estrago. Quantas vidas já foram ceifadas ali, quantas pessoas perderam suas casas e bens que adquiriram ao longo de suas vidas? Para piorar, mesmo perdendo tudo, não estão seguros, então têm que sair e procurar abrigo em outros lugares. Aí começa outro drama: para onde ir? 
    Temos vistos pelos jornais sobre a travessia que muitos estão fazendo, saindo da Síria em direção a Europa pelo mar sem nenhuma segurança. Quantas pessoas têm morrido nessa aventura. E esse é apenas o primeiro dos problemas, porque quando chegam na Europa (Itália, Grécia) são impedidos de prosseguirem porque são indesejáveis  por aqueles que são chamados de ricos. É nessas pessoas que eu tenho pensado mais nesses últimos dias. 
     Como eu disse, nossas mãos estão atadas e não podemos obrigar nenhum país a receber essas pessoas, mas também não podemos deixá-las largadas à própria sorte. Já pensei em muitas soluções, mas apenas uma seria viável. Temos os oceanos que não são propriedade de ninguém, então quem ficar ali não está invadindo o espaço do outro.  
     Essa é minha ideia: Vamos fretar navios transatlânticos que possuem capacidade para milhares de pessoas, e levá-los para alto mar onde ninguém é dono. Ali esses navio ficariam por tempo indeterminado, até que o problema de cada pessoa fosse resolvido. Uns entrando legalmente em países que os aceitam e outros voltando para seus países quando os problemas forem resolvidos. Para o sustendo dessas pessoas, a ONU pode pedir a ajuda dos países que estão rejeitando a presenças dessas pessoas.  Pode-se nomear representantes que governem sobre essas pessoas enquanto estão ali. A ONU pode comunicar com todos os países membros e ver quem pode receber tais pessoas e quantos. Uma vez em posse desses dados, levar as pessoas para os lugares certos. Parece um ideia muito estranha, mas foi a única que consegui ter para resolver o problema dos refugiados. 
    Peço ao senhor, como autoridade maior da ONU, que pense nessa minha sugestão. 
    Atenciosamente, 
    Pedro Ferreira da Silva

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Meu mundo mais verde - artigo de opinião

 As cores da minha aldeia
Gervásio de Souza Benites

    Quando se fala em aldeia indígena, a ideia que a maioria tem é de um lugar paradisíaco com matas verdes, rios limpos cheios de peixes, pessoas felizes dançando e festejando. Eu sou um índio, moro numa aldeia, mas esta está longe se ser essa maravilha idealizada por todos. 
    Pois é, eu queria viver num mundo verde, mas se for para dar uma cor para o meu mundo, eu diria que ele é cinza. Cinza por causa da fumaça proveniente de queimadas feitas para limpar terrenos, fumaça vinda de lixo queimado. Pois é, aqui na nossa reserva queimamos nosso lixo. Sabemos que não é certo queimar lixo, mas entre deixar tudo jogado por aí ou queimar, optamos pela segunda opção.
    Se formos culpar alguém, podemos dizer que o poder público não nos olha como devia. Não há sistema de coleta de lixo em nossa aldeia e também podemos dizer que nem todos os patrícios foram educados corretamente nesse quesito.
    Podemos também dizer que é cinza devido a falta de árvores. Pois é, nossa aldeia tem pouquíssimas árvores. Nossos antepassados derrubaram as matas para fazerem casas e roças. A população foi aumentando e as árvores diminuindo. Agora vemos muitas casas, algumas lavouras e poucas árvores. Estas são, na sua maioria, frutíferas e ficam em volta das casas.
    Há muitos carros circulando pelas estradas da reserva o que provoca muito poeira. Esta cobre o pouco de verde que há, tornando-o marrom. A presença dos carros é indispensável para o nosso conforto, então a prefeitura deveria mandar cascalhar as estradas para diminuir a poeira.
    Sendo assim, você pode ver que aquele mundo verde idealizado por todos não está presente aqui em nossa aldeia.

domingo, 22 de março de 2015

Crônica diária

A primeira vez
Pedro Ferreira da Silva
   
   Bom, com certeza aquele não seria um dia normal para Daniel. Ele fez de tudo para evitar, mas agora não tinha mais jeito, ele tinha que ir. Ele tentou esconder dos pais enquanto pode, mas depois de algumas reclamações os pais decidiram por ele. Ele tinha que ir lá resolver aquele problema.
    Mesmo sabendo que não tinha outra escolha ele ainda tentou uma última cartada.
   ̶  Filho, levanta que já está na hora de irmos.
   ̶   Pai, não vai dar, eu estou com dor de cabeça.
    ̶  Como assim, você parecia ótimo quando foi dormir ontem à noite.
    ̶  Pois é, eu também não sei.
    ̶   Mas isso não tem problema, lá nós resolveremos esse problema também.
    ̶   Mas, pai, eu não quero ir.
    ̶  Filho, eu sei que é uma coisa ruim, muitos passam por isso, mas você tem que enfrentar isso de frente. Se você não for lá agora, isso ficará muito pior. Quanto mais o tempo passar, pior as coisas vão ficando.
    ̶  Mas, pai, eu estou com muito medo.
   ̶  Ter medo não é feio. Todos temos medo de alguma coisa. Uns mais, outros menos. Mas o que torna uma pessoa corajosa é o fato dela enfrentar esse medo e vencê-lo.
    ̶  Mas pai, se eu desmaiar?
   ̶  Nunca ouvi falar de alguém que tenha desmaiado nessa situação. E se isso acontecer, nós damos um jeito também. Vamos deixar de história e vista-se logo. Eu vou esperar lá embaixo.
   Daniel não teve outra opção a não ser se vestir e encontrar o pai na cozinha.
   ̶  Daniel, tome o seu café e depois escove bem os dentes  ̶  disse a mãe.
   ̶   Mãe, eu estou com medo.
   ̶  Eu também fiquei com medo no dia que eu tive que ir, mas depois vi que era bobagem minha ficar com medo.
   Daniel tomou o café da manhã, escovou os dentes e foi encontrar o pai que já estava no carro.
    ̶  Lá vem o meu super-homem.
   ̶   Não adianta vir com piadinhas, pai. Eu estou com medo e nada vai mudar isso.
    Chegaram. Os dois entraram no elevador que levava até à sala. Saíram do elevador e entraram na sala. Uma secretária os estava esperando e perguntou:
    ̶  Você é Daniel Benites Figueiredo?
   ̶  Sim, respondeu o pai, porque o filho ficara mudo.
   ̶  Vocês aguardam aí um pouco que já, já, o Daniel será atendido.
   A porta se abriu e um homem vestido de branco chamou:
   ̶  Daniel, vamos lá?
   O coração de Daniel bateu mais forte. O sangue subiu todo para a cabeça, pelo menos era isso o que ele sentia. Começou a tremer e demorou um pouco para se levantar.
   ̶  Pai, o senhor vai lá comigo?
   ̶  Não filho, você vai enfrentar isso sozinho, como um homem.
   Ao entrar, Daniel viu um banco que parecia uma cama. O homem de branco disse:
   ̶  Sente-se aí, Daniel.
   O home calçou um par de luvas, mexeu numa luz que ficava em cima da cadeira e disse:
   ̶  Daniel, encoste-se na cadeira, que eu vou deitá-la. Vai ficar igual a uma cama.
  Cadeira abaixada o homem disse:
   ̶  Agora abra bem a boca... Um ... um... não parece grande coisa. Muito bem, Daniel, vou passar um negócio na sua boca... 
   Daniel gelou quando viu o homem com uma seringa na mão.
   ̶  Não precisa ter medo, isso aqui é uma anestesia. Você nem vai sentir quando eu enfiá-la na sua boca, porque aquele negócio que eu passei na sua boca é uma anestesia também.
   O homem enfiou a agulha na gengiva de Daniel que não sentiu nada. A única coisa que ele sentiu foi que a boca parecia que estava aumentando de tamanho. Depois veio um negócio que fazia um barulho muito ruim. Daniel gelou novamente, mas percebeu que não sentia nada enquanto o dentista enfiava aquilo no seu dente.
   Barulho vai, barulho vem, uma cuspida aqui, outra ali e finalmente a coisa acabou.
   ̶  Pode se levantar, Daniel. Já acabamos.
   Daniel passou a língua pelos dentes e percebeu que o dente que estava furado tinha sido tapado. Ele também percebeu que não estava sentindo nada de um dos lados da boca.
    ̶  E aí, filho, como foi?
   ̶  Tô com a boca muito estranha. ̶  disse o menino com dificuldade.  ̶  Mas não foi ruim não.
   ̶  Eu disse para você que não era para ter medo.
   E assim Daniel passou pela sua primeira experiência num consultório odontológico. Quando chegou em casa com a boca muito estranha ficou até tirando vantagem.
   ̶  Mãe, a senhora pode até beliscar aqui que eu não sinto nada.

   Todos riram da situação e ficaram felizes porque o filho tinha vencido aquela dificuldade. 

sábado, 14 de março de 2015

Conto psicológico

A bênção
Pedro Ferreira da Silva


    Era um sábado e o dia começou muito ruim. Ao me levantar, percebi que estava com dor de cabeça. A princípio eu não quis tomar nenhum remédio porque não gosto de automedicação. Lá pelas nove horas a dor continuava e parecia que estava mais forte e fui obrigado a tomar um analgésico contra minha vontade. Geralmente um analgésico tira uma dor de cabeça em poucos minutos, mas isto não aconteceu. A dor parecia aumentar e eu fui ficando irritado com a situação. Procurei fazer alguma coisa para me distrair, tentei assistir televisão, não adiantou; fui para o quintal plantar alguma coisa, mas não fiquei lá por muito tempo porque a dor incomodava muito. Já era 11 horas e eu já estava ficando preocupado porque eu nunca tinha tido uma dor como aquela. Pensei em procurar um médico, mas era sábado e não seria fácil achar um consultório aberto.
    Hora do almoço. Pensei “Agora a dor deve passar” porque talvez eu estivesse com fome, nada aconteceu. Logo após o almoço resolvi deitar-me um pouco. Fiquei na cama por 50 minutos e nada, a dor continuava. Tomei outro analgésico e o resultado foi o mesmo, ou seja, a dor continuou.
    De repente ouvi palmas na porta de minha casa. A princípio não quis atender porque eu não estava bem e poderia ser uma visita que poderia me incomodar, mas as palmas foram insistentes e eu tive que olhar. Quando cheguei ao portão, um garoto de uns 11 anos, mal vestido me perguntou:
    — O senhor tem alguma coisa aí para dar para eu comer?
    Como se eu já não tivesse tantos problemas e ainda aparecia outro. Quem era aquele garoto? O que ele estava fazendo na porta da minha casa sozinho? Por que os pais dele deixaram-no na rua sozinho?      Minha primeira resposta foi:
    — Eu não tenho nada não, garoto. Vá pedir na casa do vizinho.
    — Senhor, pode ser qualquer coisa.
    A dor de cabeça era tão forte que me impedia de pensar racionalmente. A minha resposta ainda continuou negativa.
    — Olha, eu já almocei e não sobrou nada. Volte outro dia.
    — Mas senhor, minha fome é agora. Me dê algo para comer.
   Eu não sabia se me preocupava com o menino ou com minha dor de cabeça que agora estava insuportável.
    — Tá bom, vou ver se acho alguma coisa lá dentro para você.
   Entrei e comecei a procurar. Não achei nenhum pão ou outra comida pronta. Já ia voltando para o portão quando me lembrei que dentro da minha sacola que levo material escolar tinha um pacote de bolachas recheadas que eu havia comprado na escola, na hora do recreio, e que não tinha comido. Peguei-a e levei para o garoto.
    — Olha aqui, garoto. Eu só achei este pacote de bolacha recheada. Ele serve?
    — Serve sim. O senhor não tem um refrigerante?
    Era o que me faltava. Um menino de rua exigindo de mim um lanche com refrigerante. Eu respondi áspero:
    — Não tenho. Se você quiser eu posso te dar um copo de água.
    — Água com bolacha não é muito bom. O senhor tem certeza que não tem nenhum refrigerante aí?
    — Eu já disse que não.
    — Será que o senhor não pode comprar um para mim. É que eu sou pobre e meus pais nunca têm dinheiro para comprar refrigerante.
    Não sei se fiquei com dó do garoto ou com vontade de me ver livre dele, o fato é que peguei minha carteira, sai de casa deixando-o do lado de fora do portão, fui a um bar que fica perto de minha casa e comprei duas latinhas de refrigerante e trouxe para o garoto. Quando as entreguei a ele, ele sorriu e me agradeceu.
    — Muito obrigado, senhor. Espero que Deus te dê algo em recompensa.
   Após dizer isto, o garoto saiu sorrindo. Eu continuei em frente ao portão olhando o rumo que o ele tomava. Na primeira esquina ele virou à direita e sumiu atrás do muro. Aquela situação me afetou muito. Eu era uma pessoa com boa situação financeira e estava negando alimento a um pobre garoto que não tinha nada. Fiquei ali por alguns minutos perdido nos meus pensamentos e depois resolvi entrar. Logo que entrei na sala de minha casa percebi que alguma coisa muito estranha havia acontecido. A dor de cabeça que me incomodara a manhã inteira já não existia mais. Então veio outra preocupação à minha cabeça. O que havia acontecido? Como aquela dor insuportável sumiu tão de repente? Será que aquele garoto tinha feito um milagre e me curado ou eu havia recebido de Deus a bênção que ele havia impetrado sobre mim?
    De uma coisa agora eu tenho certeza, é melhor ajudar alguém que esteja precisando do que ficar reclamando.
    Eu nunca mais vi aquele garoto.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Carta argumentativa O mundo que gostaria de crescer

Dourados, 05 de março de 2015
Caro senhor Joaquim Teobaldo
   Meu nome é Agnaldo Morales, tenho 14 anos e moro na reserva indígena de Dourados. O motivo desta carta é comunicar uma realidade e fazer alguns pedidos.
   A vida para um indígena daqui não está sendo fácil, temos todos os problemas que os garotos de grandes centros enfrentam: drogas, violência, falta de oportunidade e sem muita esperança no futuro.
  Eu gostaria de crescer em um mundo melhor, onde não há preconceito contra os índios. O senhor não sabe o quanto é ruim você chegar em uma loja para comprar alguma coisa e o vendedor ficar te vigiando com medo de você roubar algo? Gostaria de ser tratado como um cidadão comum igual aos outros denominados não-indígena.
  Em nossa comunidade somos esquecidos pelo poder público. Nossos jovens não têm muitas escolhas e muitos acabam indo pelos maus caminhos da droga e violência. Sim, nós temos muitos morrendo vítimas desses dois males. Eu não quero crescer nesse mundo sem oportunidades. Não quero ficar sabendo que meu colega de turma da escola está morto ou num centro de recuperação para menores infratores.
   Eu quero a oportunidade de estudar em uma escola de qualidade que me prepare para uma sociedade cada vez mais competitiva. Gostaria de ver meus colegas de turma terminando a faculdade junto comigo, mas isto não será possível porque alguns vão morrer, outros serão presos, outros casarão antes da hora ideal e tem aqueles que vão abandonar os estudos por falta de esperança nesse ensino fracassado que nos é oferecido atualmente.
   Estamos ainda no início do ano e uma das minhas colegas de turma da escola disse que vai abandonar a escola porque está grávida, pensa: ela só tem quatorze anos. Eu gostaria que meu mundo não tivesse adolescentes deixando a escola para criarem seus filhos. Gostaria que nós adolescentes tivéssemos um mundo, se não o melhor, um que nos ofereça o mínimo que precisamos para a nossa formação.
   Por isso venho pedir ao senhor que é um juiz da infância e adolescência que proponha ações voltadas para nós, adolescentes, principalmente aqueles que estão à margem da sociedade. Ações estas que nos propiciem oportunidades de crescermos desenvolvendo todas as nossas faculdades físicas e mentais.
   Apesar de eu ser apenas um entre milhões, gostaria que o senhor olhasse com carinho para esta minha carta.
  Atenciosamente,

Agnaldo Morales

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Carta argumentativa

Dourados, 14 de novembro de 2013
Ao  Redator do Jornal O Progresso
Caro Senhor

    Eu li uma notícia que foi veiculada nesse jornal no dia 11 de novembro de 2013, na qual o autor da reportagem fez a seguinte afirmação: “O índice do IDEB da cidade de Dourados ficou muito baixo, e parte dessa queda é devida ao resultado obtido nas escolas indígenas que foi muito baixo.” É baseado nessa afirmação que estou escrevendo essa carta.
   Para quem não conhece a realidade indígena fica fácil simplesmente acusá-las do fracasso escolar da cidade, sendo assim quero fazer algumas perguntas e também algumas colocações.
   Em primeiro lugar, quero saber quem elaborou a prova que foi aplicada nas nossas escolas. Essas pessoas levaram em consideração o fato das escolas indígenas terem um currículo diferenciado? É, porque se vocês não sabem, a constituição brasileira garante as comunidades indígenas um currículo diferenciado adaptado à realidade específica de cada aldeia ou tribo.
   Também é dito que o número de alunos desistentes faz a média das notas caírem. Isso tem sido um problema nas nossas escolas. Esse grande número de alunos desistentes tem que ser levado em consideração. Muitos desses alunos saem da escola para trabalharem para sustentar a si mesmos ou as suas famílias; temos também o fato de algumas alunas ficarem grávidas e deixarem de vir à escola: uma adolescente grávida frequentar uma escola rural é muito difícil. Pergunto: é justo abaixar a nota daqueles que fizeram as provas por causa desses que deixaram de frequentar a escola?
   E temos ainda um terceiro motivo, não menos importante, que é o atual modelo de educação que mede o aprendizado dos alunos simplesmente dando uma nota. Quando um aluno faz uma prova que “vale nota”, ele se empenha porque tem medo do fracasso, mas essas provas do governo não “valem nota”, então o aluno faz de qualquer jeito, apenas para ficarem livres dessa obrigação.
   Sendo assim, quero dizer que não é justo acusarem as escolas indígenas pelo fracasso no desempenho municipal na Prova Brasil. Em vez disso, porque o estado não proporciona meios para melhorar a realidade de cada escola?
   Espero ter sido entendido nos meus questionamentos.

                                       Guilherme Antunes de Souza – índio guarani